Hoje é difícil ficar longe de uma tela: seja o smartphone, tablet, a
televisão ou o próprio computador, há tecnologia em todo o lugar. A
tecnologia de fato facilitou muito as nossas vidas: hoje podemos obter
praticamente toda a informação quisermos em poucos segundos e podemos
falar com parentes e amigos distantes de uma maneira fácil e rápida.
Todavia, tanta tecnologia acaba fazendo com que deixamos de nos
relacionar de verdade com as pessoas que estão perto, nos faz
procrastinar tarefas importantes e pode até criar um falso senso de
comparação e complexo de inferioridade: quantas vezes vemos aquela
pessoa no Instagram tão bem sucedida, tão bonita e rica e nos sentimos
tão inferiores a ela?
É
possível ver a toda hora nas reuniões de trabalho as pessoas conferindo
o Whatsapp ou gastando seu trajeto no ônibus olhando o Facebook,
Instagram e Snapchat, ou jogando algum joguinho. Estamos na era da
produção de informação e de seu consumo, mas será que isso produz de
fato conhecimento? Onde esse excesso de tecnologia pode te levar? Pode
ser um distrativo para todos, mas qual o limite do uso excessivo das
telas?
O jornalista americano Paul Miller passou um ano offline e olha só o que ele aprendeu:
- Melhorar a habilidade de falar com as pessoas face-a-face, tornando-se mais emocionalmente disponível.
- Ler mais livros e escrever mais.
- Se qualificar mais.
- Dormir e acordar melhor.
- Entender mais os próprios sentimentos e a si mesmo.
- Ter mais equilíbrio no uso da tecnologia.
Que tal fazer um detox digital? Que tal parar e olhar o mundo lá fora? Que tal seguir os passos para alcançar seus sonhos?
Você não está perdendo tanto assim afinal...
Como
vivíamos antes das redes sociais? Você se lembra como era se informar
antes de tudo isso? Para nos comunicarmos tínhamos as cartas e o
telefone, além do contato pessoal, e o melhor: todos esses recursos
ainda estão disponíveis.Para se informar, haviam os jornais e revistas, e
tínhamos que esperar a edição chegar para sabermos o que estava
acontecendo.
Cartas
são ótimas para uma conversa unidirecional, nada mais lindo do que
receber uma carta de punho próprio, algumas fotos, cartões postais. E
que tal marcar um encontro com aquelas amigas da faculdade? Um encontro
cara-a-cara é sempre divertido, ainda mais se for em uma doceria.
Com
esse bombardeio de atualizações das redes sociais, resta a pergunta: é
necessário realmente estar atualizando a todo tempo? Precisamos mesmo
ver aquele post? Ele vai modificar a sua vida? Do que você vai lembrar
daqui a seis meses? Perceba que, afinal de contas, você não está
perdendo tanto ao perder AQUELA atualização.
Estabeleça uma meta de desconexão
Nem
que seja meia hora por dia, estabeleça uma meta para estar totalmente
livre da tentação de ver o smartphone. Vá cozinhar, ler um livro,
escrever, caminhar ao ar livre, brincar com seu filho, meditar ou
conversar com alguma pessoa querida pessoalmente. Aumente a meta até o
desejado e sinta-se livre de toda a tecnologia.
Faça retiros antidigitais
Viaje
e deixe o smartphone em casa. Leve um celular antigo para emergência.
Vá para algum lugar tranquilo, meditativo, faça caminhadas, trilhas,
viva a natureza! Leve uma câmera analógica para tirar fotos, mas não se
torne escrava das fotos para as postagens. Faça o jogo da surpresa: será
que a foto ficou boa? Você só saberá na revelação.
Presencie o momento
Quantas
vezes estamos almoçando ou jantando com alguém e parecemos não ter
assunto? Cada um no seu smartphone, enviando coisas pelo Whatsapp ou
checando o Facebook? Quantas vezes você não para uma tarefa ou estudo
para checar suas redes sociais? "São só 5 minutos", e de repente você
perdeu uma hora. Viva o momento! Coloque o celular de lado, desligue a
TV. Resista à tentação de ver o smartphone a todo instante. Marque e
treine mentalmente o que é importante. Ligação da babá? Importante.
Mensagem do chefe? Depende. Aquela postagem do grupo da turma da
academia? Pode passar direto.
Estabeleça um horário para a televisão
Televisão
ao tempo todo? Pense, o que você ganha assistindo Masterchef, depois
Big Brother, depois aquele filme que já vimos trocentas vezes. Seja uma
usuária de televisão ativa: escolha o que quer assistir e quando
assistir. Repense a TV a cabo e escolha serviços como Netflix, Mubi e
Oldflix, destinados ao seu gosto. Defina seus horários para assistir TV,
assim como os horários das crianças.
Defina que contas deve excluir
Delimite
o por quê você está em cada rede social e como cada uma te faz sentir.
Se uma rede social te faz sentir para baixo ou mal consigo mesma,
delete-a. Se você acha tal rede social inútil, exclua o seu perfil.
Deixe de seguir e exclua pessoas
Exclua
pessoas que não lhe fazem bem e deixe de seguir aquelas que publicam 30
posts por dia. Isso permite uma limpeza na sua timeline. Se uma conta
te faz sentir mal, deixe de segui-la.
Delete aplicativos e desligue notificações
Se
aplicativos são desnecessários e irrelevantes, delete-os. Desligue
notificações de aplicativos como Instagram, Facebook, Twitter, etc.
Defina tempo para acessar as redes sociais
Uma hora ou duas por dia no máximo.
Poste menos
Se você posta menos, você não precisa lidar o tempo todo com a ansiedade de receber as reações em relação a sua postagem.
Mais tempo para si mesma
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