terça-feira, 16 de maio de 2017

Livro: A mágica da arrumação


Hoje venho falar um pouco sobre esse livro maravilhoso que li já há algum tempo e algumas coisas interessantes que aprendi lendo com ele. Já há algum tempo venho pesquisando e aprendendo sobre minimalismo, uma filosofia de vida que busca ter menos coisas e viver mais intensamente as coisas que realmente valem: os momentos. Eu, particularmente, fui criada numa família que passou necessidades, então se achava que reter coisas era necessário, mesmo que não precisássemos delas, pois no futuro poderíamos precisar.

A autora, Marie Kondo, é uma jovem japonesa que desde criança é apaixonada por organização e tem auxiliado muitas pessoas a se livrarem de tralhas e serem mais felizes com menos coisas. O livro possui cinco capítulos: no primeiro ela conta um pouco sobre seu passado e sua obsessão por organizar e descartar coisas e explica porque muitas pessoas vivem numa bagunça. No segundo capítulo ela fala sobre a necessidade de descartar, enquanto no terceira ela explica sua metodologia para organizar. No quarto capítulo ela explica como as coisas devem ser arrumadas e no quinto faz um fechamento conclusivo do livro.

Acho que, por mais impactante que possa parecer o livro, isso há muito tempo é natural, sabe? Todavia vivemos em tamanho regime de consumismo que acabamos nos esquecendo que podemos viver sem tanta tralha. Uma coisa que eu acho interessante é que a autora não se posiciona como entidade superior, mas sim como uma pessoa que tem aprendido com os próprios erros e o livro é bem escrito, fácil de entender e cheio de exemplos da vida real. Acaba sendo uma leitura muito agradável e prolífica.

Das coisas mais legais que achei do livro foram...


#1 - Descarte o que não lhe traz alegria

Descartar anda em moda, mas será que fazemos certo? Segundo Kondo, devemos descartar as coisas sempre segurando elas e fazendo a pergunta: "Isto me traz alegria?", se a resposta for negativa você deve descartar.

#2 - Descarte e organize em massa

Existe uma ideia que você deve descartar uma coisa por dia, mas o que acontece quando compramos mais de uma coisa por dia? Com certeza não conseguiremos descartar tudo o que devíamos e vamos acabar desistindo pelo caminho (já passei por isso). Ela propõe que devamos atacar uma região e organiza-la, dando uma sensação boa de organização e limpeza. Depois, devemos apenas fazer manutenções diárias, ou evitar que o lugar fique bagunçado novamente.

#3 - Organize por categoria

Muitas vezes temos acessórios de limpeza em diversos lugares, tornando difícil deixar cada coisa em seu lugar. Kondo sugere um lugar para cada categoria e que devemos organizar sempre por categoria. Deve-se começar por roupas (e vestuário), depois segue-se para os livros, depois documentos. Em seguida segue-se para o que ela chama de komono, que são coisas variadas como uma presilha de cabelo até agulhas de costura. E por, último, as coisas mais sentimentais como fotos, cartas, cartões e lembranças. Ela sugere essa ordem para que, ao chegarmos na etapa das coisas sentimentais, estejamos treinados a descartar melhor.


#4 - Vertical é sempre melhor

Temos a mania de guardar as coisa na gaveta na horizontal, isto é, uma pilha de camisas, uma em cima da outra, tanto que só conseguimos ver a peça de cima e acabamos bagunçando toda a gaveta apenas para tirar uma peça. Ela propõe que as peças sejas colocadas na vertical, assim conseguimos ver todas as peças e conseguimos retirar peças mantendo a organização de sempre.


#5 - Existem formas corretas de dobrar

Meias, cuecas e lingeries. Blusas, suéteres e saias. Todos têm uma maneira de serem dobrados de maneira a não amassarem. Ela chama isso a disposição natural da roupa, na qual ela fica "relaxada" (esses japoneses...).


#6 - Não se pode forçar os outros a serem organizados

Na sua luta para conseguir a tão sonhada organização, Kondo se deparou com um grande problema: a bagunça alheia. Ela tentava se organizar mas seus parentes eram bagunceiros, e ela acabava empreendendo grande energia para se livrar das coisas alheias. Eu me identifiquei muito com isso: tenho um marido bagunceiro e um filho de 2 anos e meio. Quanto ao marido, vou dando pitaco aqui e acolá, sem me estressar (e ele tem até melhorado nesse aspecto, inclusive guardando suas roupas na vertical). Quanto ao meu filho, vou aos poucos ensinando meu filho a guardar suas coisas no devido lugar.

Concluindo: achei o livro realmente proveitoso e fácil de ler, pelas letras grandes e boa diagramação (míope, risos). Há quem rebata as ideias de Marie Kondo, mas acho válidas como um processo de mudança de vida: sinto que essa é uma autoajuda que realmente funciona.

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